Os trabalhadores na Copasa e Copanor deram forte recado para a direção das empresas nas denúncias das demissões irregulares e no ingresso judicial para revertê-las, sendo semeada mais uma expectativa de movimento explosivo da categoria para sermos respeitados em nossos direitos.
Os trabalhadores responderam em todo o Estado, com responsabilidade, para defendermos empregos e condições de prestar um serviço de qualidade.
O clima de terror implantado na empresa com demissões aleatórias, com o propósito de reduzir custos, foi declarado pela própria empresa em comunicados oficiais aos meios de comunicação e fica evidente a ilegalidade cometida contra trabalhadores concursados, desligados de forma imotivada, agredindo preceito constitucional com interpretação equivocada de decisão no Supremo Tribunal Federal .
Como a própria direção da empresa sabe que age irregularmente na interpretação legal, criou mais um factoide com alegação de “performance abaixo de 70%” para cortar cabeças de trabalhadores, sendo que regulamento interno (PCCS) prevê treinamento e requalificação na eventualidade destes casos, além das avaliações serem subjetivas, baseadas na determinação explícita de demitir. Mais escandalosa ainda é a alegação de altos salários: trabalhadores com remuneração de pouco mais de R$ 2 mil são sacrificados por determinação de um presidente que recebe na empresa salário de marajá de R$ 82 mil, bônus de 10 vezes a remuneração (acima de R$ 800 mil por ano), a PL é saqueada da linearidade garantida em acordo coletivo, e superintendente de “pessoas”, que caiu de paraquedas na Copasa, sem concurso público, para comandar o RH da empresa com o chicote nas mãos, com salário próximo de R$ 35 mil.
A paralisação contra o desmanche da empresa e a tentativa sórdida e entreguista de privatizá-la nos movem para defender a Copasa e o direito dos mineiros de continuarem a ter saneamento público de qualidade, sem que os seus recursos sejam extorquidos, com distribuição escandalosa de dividendos para acionistas, e o patrimônio construído de décadas seja vilipendiado por esses gestores passageiros e oportunistas que estão a serviço de interesses privados.
Nenhuma greve começa pelo telhado. As paralisações deste dia 8 prepararam o terreno para mais um movimento gigantesco e histórico na defesa do patrimônio público e dos nossos direitos.
Fonte: Ascom Sindágua-MG