A Região Metropolitana de Belo Horizonte vem sofrendo sistemáticos momentos de falta de água, somando-se às denúncias de irregularidades nas contas desde que a leitura foi terceirizada, fermentando a tática do governo Zema de fazer declarações queimando a imagem da Copasa que ele próprio vem destruindo com sua gestão de vendedor de plantão, disposto até a medula a privatizar os principais patrimônios públicos do Estado.
A Copasa continua sendo gerida com cortes agressivos de gastos que destroem não apenas sua estrutura física e funcional, mas avançam também na perda de seu capital técnico profissional, entendido como custo a ser contido com demissões intempestivas, com grosseiras alegações de perda de desempenho.
No balanço em que apresentou os resultados do último ano, a empresa evidencia o trágico salto de 14,9% no crescimento das terceirizações, comendo R$ 181,9 milhões. A terceirização da leitura chega a um gasto de cerca de R$ 64 milhões, de 2022 a 2025, quase dobrando o custo de R$ 36,7 milhões que a empresa teria com 120 leituristas próprios, com salários médios de R$ 8 mil (computados aí os encargos).
A empresa vem colhendo resultados negativos de produtividade e de eficiência com a política de cortes de custos que atinge sua capacidade operacional. As reclamações contra os serviços da Copasa explodem, causando um desgaste da imagem social e uma injustiça interna, com a sociedade não diferenciando o empregado próprio do terceirizado para imputar erros ou serviços mal feitos, não tendo também a oportunidade de acompanhar o retrabalho para fazer consertos de terceirizados.
O corte de custos tem a finalidade da geração de caixa com a precarização do trabalho, sepultando quaisquer politicas motivacionais pelo alcance de produtividade, travando investimentos que estendam os serviços até a universalização em todas as camadas sociais, o que traz como consequência a redução do número de ligações por empregados, prestando um serviço pior não apenas para a população, mas comprometendo o crescimento da empresa e a expectativa dos próprios investidores. Se os acionistas deixarem de enxergar no curto prazo para encher os bolsos, irão perceber que a gestão destrutiva vai acabar matando a “galinha dos ovos de ouro”.

Fonte: Ascom Sindágua-MG