Lucas Tonaco*
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“O futuro é vivido e não imaginado”
Lema do Media Lab do Massachusetts Institute of Technology (MIT)

Esse processo de destruição criativa é o fato essencial do capitalismo. O capitalismo consiste nesse processo e é nele que toda empresa capitalista tem de viver”
SCHUMPETER, Joseph

Arthur C. Clarke, escritor aclamado pelas obras de ficção científica, escreveu em 3001: The final odyssey, que qualquer forma de tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia, pois bem, vivemos nos tempos da magia interoperável que a litografia nos levou: após a miniaturização, do avanço da engenharia de materiais e das técnicas de programação, o poder de processamento levou a era do maior alcance em menor tempo e do maior armazenamento em menor espaço, muito além do avanço de John von Neumann e sua arquitetura, a era dos hardwares mágico ou dos sistemas caixa preta – para uma linguagem Latouriana – em nossa era, Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande uma possível derivação etnográfica para Evans-Pritchard deveria ser capitalistas, tecnologia e magia entre os ocidentais. Os discursos futuristas disruptivos e publicitários pregam a era da inteligência artificial como a nova era, ou melhor, new age: para além do futurismo do robôs, carros voadores e atendentes automáticos em todos os serviços, o que vemos é uma derivação de velhas lógicas de inferência como estatísticas multivariável, lógica fuzzy e bayesianas em enormes bancos de dados com algoritmos de aprendizagem estocástica, isso sendo algoritmos que melhores fazem dita aprendizagem e análise preditiva aliadas a linguagens de programação específicas com bilhões de inputs para as mais variadas tarefas e isso tudo graças ao como dito anteriormente poder de processamento e armazenamento (ou poder computacional) que nossos hardwares agora são capazes de produzir.

Redes neurais, reiteração de pesos das redes e toda uma celeuma de “magias” das categorias novas que já eram conhecidas desde de os famosos estudos da cibernética da década de 1930, agora é possível de ser replicado e o que não falta é quem a venda – tanto é que o que não falta são cientistas, economistas e sociólogos alertando o óbvio: Inteligência Artificial não é nem inteligente e nem artificial, de Miguel Nicolelis até Roger McNamee, o que há mesmo são novos jeitos de criar a “magia” mas com o mesmo “ritual”, o “hype” atual da Inteligência Artificial é inclusive muito semelhante a bolha das “dotcom” dos anos 2000, porém, o que fica evidente é algo para muito além disso: enquanto a magia não se transforma em banal ou dessacralizada o que não sobra os vendedores do futuro: startups, multinacionais e big techs prontas para aplicar o termo “IA” em tudo e vender – a promessa é de que haja redução de esforço humano, rapidez no processo e estabilidade e controle infinito. Longe aqui de reforçar aquela receptividade da autonomia completa da tecnologia no campo de trabalho humano de Domenico Damasio há uma ressalva em citar outro sociólogo, Herbert José de Souza, o Betinho, “a tecnologia moderna é capaz de realizar a produção sem emprego. O diabo é que a economia moderna não consegue inventar o consumo sem salário”, e mais localizadamente a inserção de tecnologia nesses serviços públicos, que essencialmente são produzidos usando mão de obra humana – cada vez mais explorada, devido a extração de mais-valia cada vez mais agressiva produzida pelo financismo, esta última categoria que por óbvio entrará em choque devido ao seu excesso de descolamento entre fundamentos econômicos e financeirização, entre o real e o tangível enquanto materialidade mercadológica – esse distanciamento, que para Appadurai têm lá suas implicações afetivas e culturais. Serviços públicos, portanto são essenciais ou literalmente utilities, energia e água, principalmente, são o cerne da urbanidade ou de qualquer concepção civilizatória em termos culturais para o ocidente, mesmo que ainda muito desigual.

Há uma forte relação entre tecnologia e desenvolvimento urbano na organização sociotécnica no saneamento – conforme no artigo Urb, civitas e polis – a ontologia arqueológica e antropológica dos “Urbanitários”: Nos registros mais clássicos sobre urbanidade, a datação inicial que é encontrada, é em 4000 a.C, territorialmente na Mesopotâmia e Egito, as primeiras cidades conhecidas, como Uruk e Eridu, que por necessidade hidrográfica, sua geografia surgiram nas margens dos rios Tigre e Eufrates. Estudos arqueológicos oriundos da escavação de Uruk, Ur e Eridu, identificaram complexos sistemas de irrigação e urbanização, em especial, destaca-se o arqueólogo Leonard Woolley (FERREIRA, 2024).

Em especial, no desenvolvimento da urbanidade em múltiplas culturas o uso de cultura material para essas transformações no saneamento têm ricos exemplos – mais adiante inclusive, o que se chama de “infraestrutura” na contemporaneidade, essa relação de infraestrutura e configuração das cidades, como também do capitalismo na sua primeira forma industrial e até concentracionista, e também indissociável. Diminuição de doenças, aumento da produtividade, maior coesão social por previsibilidade das formações no urbanismo, e centenas de variáveis são aqui associadas ao avanço tecnológico em energia e no saneamento, principalmente no mundo do trabalho desses setores, e com escopo mais reduzido, esse é o alvo deste artigo: Transformação sociotécnica e saneamento: a relação entre tecnologia, capital e água, especialmente no Brasil em 2024.

Culto ao “investimento privado” enquanto culto a “gestão eficiente” a fase atual da magia

Após a decrepitude do toyotismo e do taylorismo avançado nas organizações do trabalho, geradas pelas transformações sociotécnicas da tecnologia da informação, o Estado weberiano e sua administração pública clássica no Brasil conforme inscrita na Constituição Federal de 1988 sofre transformações, em especial na prestação de serviços públicos essenciais – o zeitgeist neoliberal durante anos ainda muito influenciado pelo período de Margareth Tatcher no Reino Unido, Reagan e Bush, nos Estados Unidos e com o autoritarismo neoliberal de Augusto Pinochet no Chile, dois outros fatos a serem memoráveis nas influências de uma tendência ideológica neoliberal adesista no Brasil, era também o fim da Guerra Fria ou marcada pela Queda do Muro de Berlim (1989) e a abertura econômica e política da União Soviética, a Perestroika e Glasnost, o que provou ser seu fim, reforçando uma ideologia de fim história, entre os “gurus” dessa tese se destacava Francis Fukuyama, o “Plano Collor”, e dentro as diretrizes de Collor, o Programa Nacional de Desestatização (PND) são só o início das discussões sobre privatização com a égide da necessidade de eficiência, da diminuição do Estado e de um modelo administrativo dos serviços essenciais mais bem “racionalizados”, posteriormente, a dita Reforma Gerencial do Estado de 1995 de Fernando Henrique Cardoso e mais tarde, as ondas de IPO’s e privatizações do final da década de 1990 e início dos anos 2000 com a inserção do financismo e do driven by investor na administração das empresas estatais e mistas e em mais de uma das suas crises cíclicas do capitalismo, como a Crise dos Subprimes de 2008 – e esse crise do financismo implicando em discurso de arrocho e austeridade, incluindo nisso a gestão de serviços têm implicações severas posteriormente.

Após 2008, a lógica da cidadania pela carteira de trabalho (ou CLT, Varguista), da qual tão bem analisada por Florestan Fernandes, parece cada vez fazer menos sentido no “capitalismo de plataforma” e suas derivações, conforme propõe Ricardo Antunes. Antes mesmo do discurso do arrocho fiscal, do Teto de Gastos em meados de 2013, crescia de maneira bastante forte as velhas teses reformadas do dito “Estado Mínimo” e do liberalismo abrasileirado, movimentos como o Brasil 500, Movimento Brasil Livre (MBL) dentre outros think tanks faziam questão de levantar a associação entre estado, corrupção e ineficiência – ocorre que não há relação inclusive em empresas estatais entre gestão pública e gestão privada a não ser por várias falácias, conforme já comprovou o London School of Economics (LSE), mas os movimentos insistiam em reformas agressivas no setor público e também no ambiente empresarial: posteriormente a reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017) aprovada, privatizações em áreas essenciais intercorrer com discussões sobre privatizações no setor elétrico – como foi a Eletrobrás – e no saneamento, especialmente na Lei 14.026 de 2020 – que foi feita para criar oligopólios privados no saneamento – que justificou arrochos no setor com a “égide da concorrência” e na necessidade por “eficiência” e “comprovação econômico-financeira”, essa última parte é importante: agora a eficiência era supostamente exigida por lei, portanto, a absurda necessidade de reformas gerenciais internas e os choques de administração dessas companhias era esperado: antes, empresas públicas ou mistas, agora, o discurso dos leilões e das privatizações do saneamento, antes, culturas organizacionais estabelecidas em 20, 30, 50 anos entre essas culturas o simbolismo da estabilidade – agora ameaçado pelo Tema 1022 do STF – antes a garantia de concursos públicos, agora com governantes do “Estado Mínimo”, aumento nas terceirizações, quarteirizações e quarteirizações, antes garantias diversas em acordos coletivos, e agora, após 2017 a quebra da ultratividade nos direitos – a mudança “legal” ou background weberiano incorpora o zeitgeist ideológico do financismo e do driven by investor, o ritual em quatro símbolos dessa prática mágica: redução de custos (principalmente de pessoal), foco absoluto no EBITDA, controle em produtos financeiros e uma espécie de discurso evolucionista empresarial de um “darwinismo social” da sobrevivência no mercado e da concorrência dos editais pós-14.026. Em termos de organizacional e segurança jurídica, portanto o primeiro passo estava dado, agora é necessário outro – o do gerencialismo interno na alterações sociotécnicas no mundo do trabalho dessas empresas, visando sobretudo uma redução sem precedentes de uso de mão de obra humana, e todo esse ritual calcado na magia das “novas tecnologias”, em especial, nas IA’s.

Culto a “novas tecnologias” enquanto culto a “novo gerencialismo” na introdução da tecnologia da informação

Após a reforma trabalhista, das terceirizações, da criação do ambiente com pressão negativa e das recentes implementações tecnológicas, as empresas de saneamento enfrentarão estruturalmente seis modificações, as quais seus trabalhadores correm sério risco.

1) Redução de perdas enquanto parâmetros de Agências de Regulação e para métrica de eficiência: estudos de think tanks como o Trata Brasil sugerem que a média brasileira de perdas de água é de aproximadamente 40%, incluindo perdas reais e aparentes, segundo eles esse índices chega a ser quatro vezes maior que no Japão ou na Alemanha. Esqueça que quem financia esses think tanks são exatamente empresas que fabricam tubulações – tais como Amanco, Braskem, Arcelormittal – também esqueça que as empreiteiras vão enterrar esses novos tubos são sempre as mesmas que fazem parte de financiamento de campanha ou mesmo com relações “sólidas até demais” em setores do empresariado brasileiro “concorrencial”, esqueça também que flutuações de tubos de aço – a depender da nacionalidade – permitem a construção de hyper números estratosféricos especulativos de rentabilidade na necessidade de investimento de até 700 bilhões necessários do setor e lembre agora que as metas são anexadas também a indicadores financeiros. Como exemplo empírico vejamos o caso da COPASA – o Plano de Redução de Perdas de Água, especialmente citados no Form. Ref. 2024 (V6), p. 131, 30/07/2024) – “substituição de 300 mil metros de redes na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estando essa ação em fase de planejamento”, a correlação da melhoria no fator de perda, é citado no mesmo Form. Ref. 2024 (V6), na p. 143, 30/07/2024, 4.1 Descrição dos fatores de risco – item 7 – “Em dezembro de 2023, as perdas na distribuição de água atingiram 252,2 L/lig./dia, sendo esse indicador calculado pela diferença entre os volumes distribuídos e consumidos, dividida pelo número de ligação, com apresentação de forma anualizada, representando as perdas totais na distribuição de água. O indicador engloba as perdas reais (físicas), aparentes (não físicas) e os volumes operacionais, que ocorrem na operação e manutenção dos sistemas de abastecimento de água. Adicionalmente, por meio da Resolução Arsae-MG nº 154/2021, foram estabelecidas as regras referentes ao Fator X a vigorar durante o ciclo tarifário (2021 a 2025). Um dos componentes do Fator X é o Fator de Incentivo para Redução e Controle de Perdas, que estabelecem metas quanto ao controle e à redução de perdas para a Companhia” – ou seja: relação do não enquadramento nas perdas com reajustes tarifários e nas metas quantitativas e qualitativas da 14.026/2020”. Bingo! Só vai pode aumentar a conta se houver gastos (investimentos nessa lógica) na redução das ditas perdas, reparemos bem: existe sim perdas e é necessária uma alta eficiência para evitar literalmente desperdícios outros na produção, distribuição e faturamento de tal água enquanto mercadoria, mas o óbvio é que o discurso sociotécnico têm uma indústria alvo clara como processo beneficente – se as derivações sociotécnicas também implicam em Método Não Destrutivo (MDN) ou outras especializações de empreiteiras, a questão é que a realidade de investimento de soluções de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) tanto para uma indústria do saneamento nacional quanto para qualificação e mão de obra própria dentro das empresas de saneamento – e não nas empreiteiras – é cada vez mais rara. Não obstante, é válido alertar que terceirizações vão na contramão da produtividade e é extremamente necessário a discussão sobre indícios como Empregados por Mil Ligações ou outros, nessa lógica de falsa complexificação econômica.

2) Tecnologias preditivas de consumo, faturamento e pagamento: as soluções relacionadas aos problemas de leitura necessariamente passavam por dois problemas: redes de conectividade e sensores. Com a categoria do dito IoT (Internet of Things) e estruturas de redes de conectividade instantânea com delays e latência reduzidos pelo 5G – que hoje é possível em 1km2 ler simultaneamente 1.000 pontos – é inevitável o crescimento desse implemento tecnológico nos processos de leitura remota, e isso impacta até mesmo na redução e readequação do uso, pois um estudo da Sydney Water mostrou que o uso de medidores inteligentes diminuiu o uso de água em 6% em sistemas residenciais. A criação de protocolos específicos, como o MQTT, criptografias específicas, com o uso de materiais específicos para inviolabilidade do hardware, em uma evidência empírica, no Form. Ref. 2024 (V6), p. 131, 30/07/2024), está a citação de “investimentos significativos na renovação dos hidrômetros, abrangendo cerca de 20% das ligações por ano, incluindo a substancial aplicação de hidrômetros inteligentes”, isso aliado questão legal de portaria do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) recomendado realização de troca, em razão do tempo de vida útil do aparelho, são sinais de uma substituição tecnológica evidente.
O redirecionamento, o histórico, e técnicas de análise preditiva de áreas geográficas específicas, perfis de clientes específicos e sazonalidades específicas poderá inclusive formar um banco de dados que permitirá detecção de fraudes, redirecionamentos para manutenção preditiva e até mesmo em situações emergenciais controlar o fluxo hidráulico com atuadores remotos e também auxílio no desenvolvimento de projetos de armazenamento ou criação de malha hidráulica. Com tecnologias instantâneas de faturamento com blockchains específicos conjuntamente na emissão da fatura por popularização de mecanismos de fintechs ou mesmo como o PIX, o processo se passa por readequação de ERP’s automatizáveis em níveis de relatórios ou que comportam autonomias na tratativa de anomalias. Compatibilização contábil, compliance e todos os processos de auditoria e conformidade também são tratados na lógica do software “auto-vigiável”.

3) Processos de atendimento: o uso de tecnologias omnichannel baseadas com CRM e ERP que possuem escalabilidade, acessibilidade e universalidade agora atinge o ápice – pós-pandemia, especialmente devido ao uso de serviços públicos governamentais durante o período pandêmico, como o Caixa Aqui e benefícios sociais do governo como também PIX e outras novas inserções de serviços, possibilitaram maior convergência digital da população a estes serviços. Estudos mais recentes como a TIC Domicílios, comprovam que 84% da população brasileira (ou 156 milhões de pessoas) acessaram a rede, conforme há a inserção de aplicativos com chatbots e omnichannel, não há dúvida que as soluções de atendimento não vão perdurar por muito tempo em fase de terceirização ou quarteirização, e sim haverá transição mais rápida para fase de automação completa. Empresas como a IBM com o Watson estão se especializando inclusive na convergência de melhor inserção de atendimentos “humanizados” ou “simuladamente humanizados” em soluções cada vez mais heurísticamente concentradas na prevenção dos problemas.

Conclusões sobre o dito “Saneamento 4.0” e a destruição criativa que a fase atual da tecnologia de informação fará no mundo do trabalho no saneamento nos próximos anos

No ponto atual, vemos um conflito essencialmente sobre a concepção de Schöpferische Zerstörung entre Schumpeter e Marx – de um lado, o processo tecnológico parece inevitável dado a fase da magia da eliminação do trabalho humano de vários processos no saneamento, entre eles, pelo menos os três citados – um de cunho monopolista (ou oligopolista) e que não visa nada menos que reserva de mercado para táticas agressivas em seu discurso, e que precisa ser melhor analisado em uma ótica para além da unicamente regulatória, e sim com outra metadiscursividade – desde de a etiologia desse discurso até o interesse de seus propagadores.

Os outros dois, leitura, faturamento e atendimento, atingirem os trabalhadores de forma agressiva, chegando a ser desumanos, afinal, a simples substituição da força de trabalho humano não cria necessariamente valor como em algumas teses marxistas supõem – há que observar que nos próximos anos, sobretudo, estes processos não possam gerar demissões mas sim procurem alocar o know-how extremamente valioso de décadas desses trabalhadores nesses setor, sendo reaproveitados em áreas com localização do mesmo posto atual, tão bem também que sejam qualificados e promovidos, para que necessariamente a reciclagem desses trabalhadores possa sempre significar melhorias para os mesmos e mais produtividade nestes setores.

Infelizmente o capitalismo bárbaro e predatório no Brasil confunde modernidade com necessidade de demissões, praticando ilegalidades no foro da Justiça do Trabalho, bem como injustiças sociais e não sabendo administrar implementação tecnológica com inclusão digital desses trabalhadores alternativas diversas e ruins são propostas, deixando o trabalhador muitas vezes apenas com o apoio sindical e da dita consciência de classes para requerer uma luta profunda contra mudanças nas tecnologias de informação que refletem no mundo do trabalho.

É preciso sempre entender que a força motriz de qualquer processo social, simbólico, laboral ou tecnológico, sempre será o trabalho humano e este, merece o valor máximo, da preservação de seus interesses e direitos, sendo sempre na perspectiva de alargá-los e não de reduzi-los.

Lucas Tonaco – secretário de Comunicação da FNU, dirigente do Sindágua-MG, acadêmico em Antropologia Social e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)