O Tribunal de Contas do Estado (TCE/RS) julgou, na tarde desta quarta-feira, 18, o leilão de privatização da Corsan. Embora o processo ainda não esteja concluído, em função do pedido de vista solicitado pelo conselheiro Estilac Xavier, a validação do leilão já está garantida pelos quatro votos favoráveis apresentados durante a sessão de hoje do pleno do TCE-RS. Por precaução e respeito ao colega, o conselheiro Cezar Miola não proferiu seu voto nesse momento, preferindo aguardar as manifestações do Conselheiro Estilac. Votaram a favor da legalidade da privatização os conselheiros: Alexandre Postal, Edson Brum, Iradir Pietroski e Renato Azeredo. A direção do Sindiágua/RS acompanhou a sessão de julgamento e contou com a defesa do advogado Antônio Castro da COP Advogados.

O presidente do Sindiágua/RS, Arilson Wünsch, reforçou que a entidade continuará lutando na defesa da água como um bem de todos e pedindo a anulação do leilão. “O leilão está consumado no TCE, conforme protagonizamos. É inadmissível a entrega da Corsan a esse preço, mesmo com todas as irregularidades apontadas. O TCE gaúcho demonstra sua submissão ao governador. Nós já havíamos alertado a sociedade que o processo de anulação do leilão no TCE era jogo jogado com placar de 4×2 para o governador Eduardo Leite. A decisão foi extremamente política e a sociedade é a principal prejudicada nesse processo, o futuro cobrará a responsabilidade dos atuais gestores”, disse Arilson.

“Cabe salientar que nossa disputa não é contra quem comprou a Companhia, pois poderia ser qualquer empresa. Mas é uma questão política de quem quer privatizar ou não, e nesse quesito a sociedade gaúcha, juntamente com vários partidos de direita e esquerda, atuou para a reeleição do governador nas eleições passadas”,completou.

O Sindiágua/RS irá analisar novamente o processo e verificará todas possibilidades jurídicas que ainda restam para encaminhar a decisão para instâncias superiores.

Fonte: Ascom Sindiágua-RS