“A Eletrobras tem papel econômico estratégico, sendo determinante para equilibrar e regular o mercado”
artigo – Francisco Almeida*
O Brasil passa por momentos de incertezas no ambiente político e fatos determinantes para o futuro do País acontecem num piscar de olhos. Um dos principais acontecimentos, que deixa uma sensação de corrida contra o tempo, também aflige o atual governo: a privatização da Eletrobras.
A empresa é uma das gigantes mundiais do setor elétrico e nos últimos 60 anos tem sido a tradução dos avanços tecnológicos e da eficiência energética grafados na história do País. Se o funcionamento da Eletrobras é motivo de orgulho para os brasileiros e para os profissionais da área tecnológica, sua manutenção sob a gestão estatal é essencial para que esse patrimônio não se perca na iniciativa privada. Ao contrário do que propaga o governo, a transferência do controle acionário da Eletrobras para o setor privado pode significar retrocesso para o desenvolvimento tecnológico da nação.
A Eletrobras tem papel econômico estratégico, sendo determinante para equilibrar e regular o mercado. Ela também é fundamental para a manutenção da qualidade do trabalho desempenhado por seus profissionais e para a inserção do Brasil na vanguarda dos avanços tecnológicos do setor. Além de ser referência para o mundo, a empresa possui uma estrutura de geração hidrelétrica invejável, uma extensão total de linhas de transmissão de energia de dimensões continentais e enorme capacidade de expansão da geração de energia através de fontes limpas e renováveis.
A possibilidade de um processo que transfira para a iniciativa privada o controle da estrutura da Eletrobras é uma ameaça generalizada à atmosfera do setor energético. A experiência de Portugal, Argentina e Califórnia (EUA), que amargaram explosões tarifárias após a privatização de sua energia, demonstram que o impacto sobre as tarifas será inevitável também no Brasil. Ao longo dos anos, a empresa revelou expertise técnica de alguns dos profissionais mais conceituados do mundo nas diversas áreas da engenharia: elétrica, eletrônica, mecânica, química, civil, ambiental e outras. A privatização também aponta para a precarização das condições de trabalho, e, especialmente, da engenharia.
É essencial que o governo federal discuta a privatização da Eletrobras com profissionais da área tecnológica e com a sociedade, para viabilizar soluções que atendam às necessidades do Estado e da população, sem prejuízo ao controle sobre um dos maiores patrimônios do Brasil.
A Eletrobras tem papel econômico estratégico, sendo determinante para equilibrar e regular o mercado”
O Brasil passa por momentos de incertezas no ambiente político e fatos determinantes para o futuro do País acontecem num piscar de olhos. Um dos principais acontecimentos, que deixa uma sensação de corrida contra o tempo, também aflige o atual governo: a privatização da Eletrobras.
A empresa é uma das gigantes mundiais do setor elétrico e nos últimos 60 anos tem sido a tradução dos avanços tecnológicos e da eficiência energética grafados na história do País. Se o funcionamento da Eletrobras é motivo de orgulho para os brasileiros e para os profissionais da área tecnológica, sua manutenção sob a gestão estatal é essencial para que esse patrimônio não se perca na iniciativa privada. Ao contrário do que propaga o governo, a transferência do controle acionário da Eletrobras para o setor privado pode significar retrocesso para o desenvolvimento tecnológico da nação.
A Eletrobras tem papel econômico estratégico, sendo determinante para equilibrar e regular o mercado. Ela também é fundamental para a manutenção da qualidade do trabalho desempenhado por seus profissionais e para a inserção do Brasil na vanguarda dos avanços tecnológicos do setor. Além de ser referência para o mundo, a empresa possui uma estrutura de geração hidrelétrica invejável, uma extensão total de linhas de transmissão de energia de dimensões continentais e enorme capacidade de expansão da geração de energia através de fontes limpas e renováveis.
A possibilidade de um processo que transfira para a iniciativa privada o controle da estrutura da Eletrobras é uma ameaça generalizada à atmosfera do setor energético. A experiência de Portugal, Argentina e Califórnia (EUA), que amargaram explosões tarifárias após a privatização de sua energia, demonstram que o impacto sobre as tarifas será inevitável também no Brasil. Ao longo dos anos, a empresa revelou expertise técnica de alguns dos profissionais mais conceituados do mundo nas diversas áreas da engenharia: elétrica, eletrônica, mecânica, química, civil, ambiental e outras. A privatização também aponta para a precarização das condições de trabalho, e, especialmente, da engenharia.
É essencial que o governo federal discuta a privatização da Eletrobras com profissionais da área tecnológica e com a sociedade, para viabilizar soluções que atendam às necessidades do Estado e da população, sem prejuízo ao controle sobre um dos maiores patrimônios do Brasil.
*Francisco Almeida, engenheiro e presidente do CREA-GO
Artigo publicado originalmente em O Popular