O Senado aprovou a MP 1031/21 que promove a privatização do Sistema Eletrobras. Foram 42 votos a favor e 37 contra. Esse crime de lesa-pátria trará graves consequências para o país, a começar pelo aumento na conta de luz da população, fora as questões do desenvolvimento econômico e social nas regiões Norte e Nordeste que serão prejudicadas em nome do lucro a ser enviado às sedes dos seus futuros controladores.
O meio ambiente será afetado, com políticas de descaso como vem ocorrendo com a Vale do Rio Doce, que jamais se preocupou em proteger os biomas onde atuam e suas populações locais, basta citar Brumadinho. Vender a Eletrobras é abrir mão das nossas bacias hidrográficas, do controle da nossa água, como a do Rio São Francisco.
Vender as usinas já pagas pelo povo brasileiro ao longo de décadas e gerando energia a preço justo é injustificável. Cada senador e senadora que votou a favor da MP terá eternamente que responder por uma ação tão danosa ao país.
Mais uma vez a sociedade não foi ouvida por esse desgoverno, que destrói o estado brasileiro, em nome de um projeto político autoritário. Nesta votação Bolsonaro/Paulo Guedes fizeram todo tipo de lobby, promessas e concessões aos senadores.
Batalha agora é no campo jurídico
A luta dos trabalhadores e trabalhadoras que compõem o CNE e dos sindicatos foi incansável. Dias e dias de luta e mobilização em todas as frentes. O coletivo continuará na luta, agora no campo jurídico, buscando junto ao STF inconstitucionalidade da Medida Provisória, pois o Sistema Eletrobras é do Povo brasileiro.
Leia também:
Protocolada denúncia no TCU contra venda da Eletrobras por ferir Constituição